Dicas

Deixar ou não o seu animal em hotel??
Transcrição parcial do artigo "HOTEL É A SOLUÇÃO?".




Opção para quem não quer levar o animal em viagens é deixá-lo em hotéis especializados. Nas proximidades de São Paulo e nas maiores cidades do estado existem hotéis e até mesmo clínicas que aceitam cuidar dos animais enquanto os proprietários se ausentam.

O Clínico Veterinário deve orientar o seu cliente para que escolha um local adequado ao animal levando-se em consideração o seu estilo de vida. Existem animais extremamente dependentes que só conseguem até mesmo fazer as suas necessidades fisiológicas diante de seus donos.

Separar-se de seus proprietários e passar a viver em um ambiente diferente, às vezes em companhia de pessoas estranhas ou de outros animais causa estresse no cão ou no gato. Dra Hannelore Fuchs, médica veterinária e psicóloga, lembra que os animais não têm noção de tempo, isto é, não sabem que em dois ou três dias (ou meses) a sua vida voltará ao normal: -“para eles o que importa é o bem estar presente. Eles podem habituar-se às ausências, mas para isso devem ser treinados evitando problemas que podem ser uma simples depressão ou danos mais complexos como cistite, colite, gastrite e problemas de pele.– Pode não parecer, mas o cão e o gato acostumados a ouvir música ou TV, mesmo que não identifiquem o que seja isso, ao se sentirem privados reagem negativamente, explica a especialista em comportamento animal.

Para ela o grande problema é a perda de referência social e ambiental que deixa o animal desorientado. Quanto mais socializado, mais aceita outros animais e outros seres humanos, mais fácil é a sua adaptação ao novo ambiente.

Drª Hannelore recomenda que o proprietário antes de entregar o seu animal ao hotel, passe a freqüentar o local com ele, promovendo o que ela chama de “desmame”, de modo que o animal se acostume com as pessoas e com a rotina que terá durante a ausência do dono.

-Nesse período, lembra Drª Hannelore, é bom conhecer as pessoas, a supervisão veterinária, os aspectos sanitários e o tipo de animais que se abriga no hotel. “A imagem do canil “tradicional” pode não ser a mais recomendada para os nossos bichos de estimação!”.

A Especialista observa que muitas vezes é preferível contratar uma pessoa de confiança para ficar com o animal em seu próprio ambiente do que levar o cão ou o gato para um hotel: - O ser humano sabe que findo o período da ausência tudo volta ao normal, mas o animal terá sempre a sensação de perda e essa sensação pode resultar em reflexos na própria condição de vida.

Entre os sintomas que evidenciam o estresse Drª Hannelore enumera o trauma de abandono manifestado através da recusa em alimentar-se, a diarréia e perda de peso.

A alternativa para quem não quer se afastar do bichinho de estimação e mesmo assim desfrutar das férias, temporadas, feriados ou fins de semana a solução é o hotel ou pousada que aceite os animais como hóspedes desde que seja em companhia do dono.







Dicas para facilitar a vida do seu animal de estimação na difícil hora (para ele!) de visitar o doutor...

por Por Felipe Pontes • 15/09/2009




I. Esteja presente

Nada de preguiça! O proprietário do cão tem que ir às consultas. Só assim você pode conferir de pertinho o resultado dos exames e compreender como medicar seu bicho. No caso de internação, é importante consultar o veterinário para saber se o cachorro pode receber visitas. “Dependendo da doença, não é recomendável”, diz o Dr. Mário Marcondes dos Santos, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira. “Mas há casos em que a presença é importante para o emocional do animal.”


II. Não tema o veterinário

O diálogo é fundamental para melhorar a qualidade da consulta, mas muitos donos de animais ficam acanhados ao conversar com um veterinário. “O jaleco branco é uma questão de higiene, não de autoridade”, diz o Dr. Santos. Procure um profissional de confiança para sentir-se confortável. Mas nem tanto: lembre-se de desligar o celular antes da consulta. Quem conversa ao telefone não consegue prestar atenção nas instruções e informações fornecidas pelo médico.


III. Tire todas as suas dúvidas. Mesmo!

Não entendeu alguma coisa? Pergunte! O dono de um cão não deve ter nenhuma dúvida a respeito de seu animal, seja sobre uma doença ou o resultado de um exame. E, se a dúvida bater depois da consulta, não hesite em pegar o telefone para conversar com o veterinário. Muitas vezes, o tratamento do seu bicho pode ficar comprometido se você não entender direito a dosagem da medicação ou uma dieta específica.


IV. Forneça o máximo de informações

Seu cachorro não fala. Por isso, você deve observar atentamente qualquer mudança de comportamento nele para notificar o veterinário. “Podemos descobrir várias coisas no exame clínico, mas a maneira que o animal age nos ajuda a identificar patologias logo no início”, afirma a Dra. Daionety Aparecida Pereira, diretora da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa). Quanto mais pistas para um diagnóstico, melhor. O proprietário também deve trazer a medicação atual, informação de dietas e o histórico de exames do seu animal.


V. Avise se o animal é agressivo

O comportamento do animal em uma clínica é imprevisível, em razão do instinto de proteção, do medo ou de lembranças de experiências ruins. Até um cão manso pode morder nessa situação. Se ele tiver temperamento agressivo, certamentente a equipe precisa ser avisada antes. “Veterinário não é adestrador nem domador de fera. O proprietário deve ter o controle”, diz a Dra. Daionety. Ela afirma já ter visto um cão morder o próprio dono antes de uma consulta. O problema pode ser solucionado por meio de sedação ou de equipamentos de proteção.


VI. Confesse tudo!

Seu cachorro come a pizza que sobrou? Bem, uma consulta não tem espaço para constrangimento. Você tem que admitir se dá comida da mesa ou compartilha alguma receita médica com seu pet. “Já fiz exames hormonais e receitei dieta para um poodle obeso. Mas ele só emagreceu depois que a dona faleceu. Foi quando descobri que a proprietária comprava caixas de chocolate para o cachorro”, conta a diretora da Anclivepa.


VII. Exponha qualquer limitação financeira

O dinheiro pode ser um fator essencial para uma decisão médica, principalmente no caso de internação e cirurgias. O dono do cachorro precisa discutir suas limitações financeiras com o veterinário para evitar surpresas desagradáveis. Assim, ambos podem encontrar uma solução viável. “Muitas pessoas têm poder aquisitivo alto, mas não querem gastar; outras são pobres e dão um jeito de arrumar dinheiro para um tratamento”, afirma a Dra. Daionety Aparecida Pereira.


VIII. Trate bem o veterinário

Ele está ali para ajudar. Portanto, confiança, respeito e educação devem ser as bases do relacionamento entre você e o veterinário durante um tratamento. As chances de sucesso aumentam quando a comunicação é harmoniosa. Isso melhora o entendimento de uma doença e seus sintomas e da frequência dos medicamentos que o bichinho deve tomar.


IX. Tenha um plano

O dono e o veterinário devem bolar uma linha de ação para o acompanhamento médico de um animal. Vocês podem programar a periodicidade dos exames e vacinas, facilitando a agenda sem deixar de lado a necessidade do bicho. Em geral, um cachorro idoso precisa de mais atenção do que um cão com 2 anos de idade.


X. Não esqueça a coleira

Não dê chance ao azar: o cachorro deve usar a guia numa clínica veterinária. A coleira reduz a chance de ele ter contato com outros animais doentes e evita muitos problemas. “A guia é imprescindível em lugares fechados, com animais que estão assustados e sentindo dor”, diz a veterinária. “Um cachorro já escapou da minha clínica e foi atropelado do outro lado da rua por negligência do dono.”